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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

RESUMO DO CASO JOEL.

Nenhum caso mexeu tanto com a opinião pública, com a imprensa e com o poder público em 2010 adentrando em 2011 como O CASO DO GAROTO JOEL alvejado por um tiro desferido por um policial militar no dia 21 de novembro – um dia depois do dia da CONSCIÊNCIA NEGRA, ANIVERSÁRIO DA MORTE DE ZUMBÍ – vindo a óbito na madrugada de 22 de novembro de 2010 no HGE (Hospital Geral do Estado).
O garoto tinha apenas 10 anos de idade e sonhava “ser como seu pai – mestre de capoeira”. Sonho esse interrompido com a morte prematura do infante, naquela trágica noite, quando um projétil ponto quarenta atravessou a janela do quarto onde se preparava pra dormir com seu pai (Mestre Ninha) e o atingiu no rosto, atravessou o cérebro ficando alojada no crânio. Diante disso, o pai, desesperado, saiu com seu filho nos braços a pedir socorro aos nove policiais da 40ª CPM os quais, segundo relato e depoimento do pai do garoto e de testemunhas, lhes negaram socorro.

Grande foi a comoção na comunidade da Região Nordeste de Amaralina a ponto de fazê-la se mobilizar através de protestos e passeatas ante a incursão violenta e desastrada daqueles que são pagos pra nos dar proteção, mas que, infelizmente, nos olham (negros e moradores da periferia) sempre como “suspeitos até que se prove ao contrário”. O resultado disso foi a mobilização da imprensa séria desta cidade acompanhando e apoiando o CASO JOEL desde o dia em que o menino faleceu, a ponto do então Secretário de Segurança Pública ir, pessoalmente, à casa do garoto visitar os seus pais Mirian e Joel Castro (Mestre Ninha), além do próprio Governador do Estado se comprometer em apurar o caso com afinco.
Nunca se viu um caso que comovesse tanto as pessoas como esse. Presenciamos jornalistas, fotógrafos, câmera-mans e, mesmo, bons policiais chorando a morte do “pequeno mestre”.

Estamos em janeiro de 2011 e o caso não caiu no esquecimento mórbido que se costumava cair. Prova que esse caso, embora triste e doloroso, tornou-se um divisor de águas que deve levar a sociedade civil organizada, bem como a imprensa baiana e o poder público a repensarem sua forma de tratar e veicular informações sobre situações como essa, a despeito de todo e qualquer estigma sensacionalista costumeiro. Pois, é público e notório que o Ministério Público já tomou a égide do caso comprometendo-se em dar continuidade ao inquérito coletivo e individual dos nove policiais envolvidos na “operação” concluindo, assim, o processo administrativo e levando-os a júri popular.

Confiamos em Deus, acreditamos na força do povo e esperamos na justiça dos homens.

Pr. Henrique Coutinho.
Coordenador da Comissão da Criança,
do Adolescente e da Juventude da
ANNEB-BA (Aliança de Negras e Negros
Evangélicos do Brasil); Bel. em Teologia e
Psicanalista em formação.