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Pr. Henrique Coutinho e Isaltino Alves.
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011
"TODOS SÃO IGUAIS PERANTE À LEI?"
Dia 21 de novembro completará 1 ano que o menino Joel teve sua vida e seus sonhos ceifados pela irresponsabilidade de policiais militares aqui em Salvador-Ba; 1 ano que acompanho, diariamente, a família enlutada e traumatizada pela DOR DA PERDA. Amanhã (13/10/2011), porém, será a primeira audiência no Fórum Ruy Barbosa em que tanto os pais como testemunhas e os nove policiais envolvidos naquela infeliz e monstruosa incursão serão ouvidos pelo juíz que, não se sabe porque, resolveu antecipar a audiência que estava marcada para 21 de novembro de 2011 - data em que completará 1 ano da morte de Joel. Não importa. Estaremos todos lá, na frente do Fórum em sinal de apoio à família e protesto pela morosidade da justiça deste país. Pois, quando se trata da morte de uma magistrada que, sentimos muito, foi brutalmente executada, é verdade, logo os pm's perderam a farda e saíram de circulação. Mas em se tratando de um garoto negro, pobre e morador de um bairro periférico os seus assassinos continuam soltos e trabalhando normalmente.
Que país injusto e desigual é este? A nossa constituição não diz que "todos são iguais perante à lei?"
Pr. Henrique Coutinho.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Povo do Nordeste não quer só polícia.
O capoeirista Joel Castro, 43 anos, acordou cedo ontem para acompanhar a inauguração das bases comunitárias do complexo de bairros do Nordeste de Amaralina. Depois de tomar banho, vestir a roupa e se arrumar, Joel desistiu de ir.
“Eu senti que não dava para mim. Ver a farda da PM (Polícia Militar) só me traz lembranças tristes. Por isso eu desisti de ir à inauguração. Eu espero que esses novos PMs realmente venham com um pacto pela vida e não façam como aqueles que assassinaram o meu filho e ainda continuam na corporação” , desabafou Joel Castro.
O filho dele, o pequeno capoeirista Joel, de apenas 10 anos, foi morto com um tiro na cabeça, dentro de casa, durante operação da PM, no Nordeste, em 21 de novembro de 2010.
Somando o depoimento de Joel com as opiniões dos moradores ouvidos ontem, a conclusão é que as autoridades da Segurança Pública terão pela frente pelo menos dois grandes desafios a superar, no Nordeste de Amaralina. O primeiro é apagar da mente dos moradores a ideia de que os policiais militares são apenas homens da repressão. Para o pastor psicanalista Henrique Coutinho, 45, o segundo desafio é uma exigência dos moradores.
“Só o policiamento ostensivo não irá resolver os nossos problemas. Queremos que o governo ofereça o pacto pelos direitos humanos, pelas políticas públicas sérias, educação e saúde de qualidade, emprego e cidadania para o povo do Nordeste de Amaralina. Isso não é um favor, e sim obrigação do governo”, cobra Henrique.
Promessa: Novas UPPs serão no Subúrbio.
O governador da Bahia Jaques Wagner discursou ontem no lançamento das bases comunitárias. “A ideia é consolidar esse projeto, num período de até seis meses, como foi feito no Calabar, para depois pensarmos em partir para o Subúrbio Ferroviário”, disse o governador.
O secretário de Segurança, Maurício Teles Barbosa, afirmou que é “preciso dar oportunidade aos jovens para que eles saiam do tráfico e tenham uma expectativa de vida, com uma profissão, atividade esportiva”. A capitã Roseane Guimarães, comandante das bases do Nordeste, disse que vai contar com as denúncias da população para atuar de forma eficaz.
Jornalista João Eça.
Fonte: Jornal Massa.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
PARABÉNS QUERIDA CIDADE!"
Parabéns querida cidade! Parabéns cidade varonil;
Não foi à toa que fostes escolhida a primeira capital do Brasil!
Foi aqui que tudo começou, no útero desta pátria amada;
Uma gestação muito dolorida a custo de sangue, suor e espada!
"Esta cidade é linda demais" exclama o poeta inspirado;
Mas sua beleza, além de uma dádiva Divina;
É resultado de sangue, suor e vida de um povo escravizado!
De Itapoã à Amaralina; do Rio Vermelho ao Porto da Barra até chegar à Vitória;
De Itapagipe a São Tomé do Paripe foi sendo escrita a nossa História!
História essa que tentam ofuscar e, até, negar a sua verdade;
Que a independência do Brasil se deu, de fato, nesta cidade!
Parabéns querida cidade! Sua beleza parece mágica;
És a terceira maior do Brasil e a mais negra fora da África!
Simpatia é o seu nome; hospitalidade é o seu caráter; alegria é a sua cara;
Tu és única! És singular! Igual a você é coisa rara!
Parabéns querida cidade! Cidade da paz e do Amor;
Teu nome por si mesmo traduz; és CIDADE DO SALVADOR!
Parabéns querida cidade! Parabéns Metrópole amada;
Desejo-lhe centenas de anos de vida pra que possas ser desfrutada!
Pr. Henrique Coutinho.
Não foi à toa que fostes escolhida a primeira capital do Brasil!
Foi aqui que tudo começou, no útero desta pátria amada;
Uma gestação muito dolorida a custo de sangue, suor e espada!
"Esta cidade é linda demais" exclama o poeta inspirado;
Mas sua beleza, além de uma dádiva Divina;
É resultado de sangue, suor e vida de um povo escravizado!
De Itapoã à Amaralina; do Rio Vermelho ao Porto da Barra até chegar à Vitória;
De Itapagipe a São Tomé do Paripe foi sendo escrita a nossa História!
História essa que tentam ofuscar e, até, negar a sua verdade;
Que a independência do Brasil se deu, de fato, nesta cidade!
Parabéns querida cidade! Sua beleza parece mágica;
És a terceira maior do Brasil e a mais negra fora da África!
Simpatia é o seu nome; hospitalidade é o seu caráter; alegria é a sua cara;
Tu és única! És singular! Igual a você é coisa rara!
Parabéns querida cidade! Cidade da paz e do Amor;
Teu nome por si mesmo traduz; és CIDADE DO SALVADOR!
Parabéns querida cidade! Parabéns Metrópole amada;
Desejo-lhe centenas de anos de vida pra que possas ser desfrutada!
Pr. Henrique Coutinho.
quarta-feira, 9 de março de 2011
HOMENAGEM ÀS MULHERES NEGRAS.
Posted by amizadepoesia em Março 7, 2008
Do tempo das amas-de-leite,
das senzalas e mucambas,
Aind’há quem te desfeite,
(Do tempo das amas-de-leite)
quem deboche teus enfeites,
e te faça a vida tirana
Do tempo das amas-de-leite
das senzalas e mucambas.
II
Ser mulher e, negra, também ser,
é sentir, em dobro, a dor,
é lutar e sobreviver.
Ser mulher e, negra, também ser,
é por duas sempre valer,
é desdobrar o seu valor
Ser mulher e, negra, também ser,
é sentir, em dobro, a dor.
III
É guardar dentro do peito,
o grito da liberdade,
qual o mais doce confeito.
É guardar dentro do peito,
a esperança dum mundo feito
de paz e igualdade
É guardar dentro do peito,
o grito da liberdade.
IV
É ser sempre a guerreira,
vencendo obstáculos,
e tomando a dianteira.
É ser sempre a guerreira,
e vencer, à sua maneira,
desta vida os percalços
É ser sempre a guerreira,
vencendo obstáculos,
V
Mulher negra, negra mulher,
fica aqui esta homenagem,
de um poetinha qualquer.
Mulher negra, negra mulher,
venha o tempo que vier,
és sinônimo de coragem.
Mulher negra, negra mulher,
fica aqui esta homenagem.
Jorge Linhaça
Do tempo das amas-de-leite,
das senzalas e mucambas,
Aind’há quem te desfeite,
(Do tempo das amas-de-leite)
quem deboche teus enfeites,
e te faça a vida tirana
Do tempo das amas-de-leite
das senzalas e mucambas.
II
Ser mulher e, negra, também ser,
é sentir, em dobro, a dor,
é lutar e sobreviver.
Ser mulher e, negra, também ser,
é por duas sempre valer,
é desdobrar o seu valor
Ser mulher e, negra, também ser,
é sentir, em dobro, a dor.
III
É guardar dentro do peito,
o grito da liberdade,
qual o mais doce confeito.
É guardar dentro do peito,
a esperança dum mundo feito
de paz e igualdade
É guardar dentro do peito,
o grito da liberdade.
IV
É ser sempre a guerreira,
vencendo obstáculos,
e tomando a dianteira.
É ser sempre a guerreira,
e vencer, à sua maneira,
desta vida os percalços
É ser sempre a guerreira,
vencendo obstáculos,
V
Mulher negra, negra mulher,
fica aqui esta homenagem,
de um poetinha qualquer.
Mulher negra, negra mulher,
venha o tempo que vier,
és sinônimo de coragem.
Mulher negra, negra mulher,
fica aqui esta homenagem.
Jorge Linhaça
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
RESUMO DO CASO JOEL.
Nenhum caso mexeu tanto com a opinião pública, com a imprensa e com o poder público em 2010 adentrando em 2011 como O CASO DO GAROTO JOEL alvejado por um tiro desferido por um policial militar no dia 21 de novembro – um dia depois do dia da CONSCIÊNCIA NEGRA, ANIVERSÁRIO DA MORTE DE ZUMBÍ – vindo a óbito na madrugada de 22 de novembro de 2010 no HGE (Hospital Geral do Estado).
O garoto tinha apenas 10 anos de idade e sonhava “ser como seu pai – mestre de capoeira”. Sonho esse interrompido com a morte prematura do infante, naquela trágica noite, quando um projétil ponto quarenta atravessou a janela do quarto onde se preparava pra dormir com seu pai (Mestre Ninha) e o atingiu no rosto, atravessou o cérebro ficando alojada no crânio. Diante disso, o pai, desesperado, saiu com seu filho nos braços a pedir socorro aos nove policiais da 40ª CPM os quais, segundo relato e depoimento do pai do garoto e de testemunhas, lhes negaram socorro.
Grande foi a comoção na comunidade da Região Nordeste de Amaralina a ponto de fazê-la se mobilizar através de protestos e passeatas ante a incursão violenta e desastrada daqueles que são pagos pra nos dar proteção, mas que, infelizmente, nos olham (negros e moradores da periferia) sempre como “suspeitos até que se prove ao contrário”. O resultado disso foi a mobilização da imprensa séria desta cidade acompanhando e apoiando o CASO JOEL desde o dia em que o menino faleceu, a ponto do então Secretário de Segurança Pública ir, pessoalmente, à casa do garoto visitar os seus pais Mirian e Joel Castro (Mestre Ninha), além do próprio Governador do Estado se comprometer em apurar o caso com afinco.
Nunca se viu um caso que comovesse tanto as pessoas como esse. Presenciamos jornalistas, fotógrafos, câmera-mans e, mesmo, bons policiais chorando a morte do “pequeno mestre”.
Estamos em janeiro de 2011 e o caso não caiu no esquecimento mórbido que se costumava cair. Prova que esse caso, embora triste e doloroso, tornou-se um divisor de águas que deve levar a sociedade civil organizada, bem como a imprensa baiana e o poder público a repensarem sua forma de tratar e veicular informações sobre situações como essa, a despeito de todo e qualquer estigma sensacionalista costumeiro. Pois, é público e notório que o Ministério Público já tomou a égide do caso comprometendo-se em dar continuidade ao inquérito coletivo e individual dos nove policiais envolvidos na “operação” concluindo, assim, o processo administrativo e levando-os a júri popular.
Confiamos em Deus, acreditamos na força do povo e esperamos na justiça dos homens.
Pr. Henrique Coutinho.
Coordenador da Comissão da Criança,
do Adolescente e da Juventude da
ANNEB-BA (Aliança de Negras e Negros
Evangélicos do Brasil); Bel. em Teologia e
Psicanalista em formação.
O garoto tinha apenas 10 anos de idade e sonhava “ser como seu pai – mestre de capoeira”. Sonho esse interrompido com a morte prematura do infante, naquela trágica noite, quando um projétil ponto quarenta atravessou a janela do quarto onde se preparava pra dormir com seu pai (Mestre Ninha) e o atingiu no rosto, atravessou o cérebro ficando alojada no crânio. Diante disso, o pai, desesperado, saiu com seu filho nos braços a pedir socorro aos nove policiais da 40ª CPM os quais, segundo relato e depoimento do pai do garoto e de testemunhas, lhes negaram socorro.
Grande foi a comoção na comunidade da Região Nordeste de Amaralina a ponto de fazê-la se mobilizar através de protestos e passeatas ante a incursão violenta e desastrada daqueles que são pagos pra nos dar proteção, mas que, infelizmente, nos olham (negros e moradores da periferia) sempre como “suspeitos até que se prove ao contrário”. O resultado disso foi a mobilização da imprensa séria desta cidade acompanhando e apoiando o CASO JOEL desde o dia em que o menino faleceu, a ponto do então Secretário de Segurança Pública ir, pessoalmente, à casa do garoto visitar os seus pais Mirian e Joel Castro (Mestre Ninha), além do próprio Governador do Estado se comprometer em apurar o caso com afinco.
Nunca se viu um caso que comovesse tanto as pessoas como esse. Presenciamos jornalistas, fotógrafos, câmera-mans e, mesmo, bons policiais chorando a morte do “pequeno mestre”.
Estamos em janeiro de 2011 e o caso não caiu no esquecimento mórbido que se costumava cair. Prova que esse caso, embora triste e doloroso, tornou-se um divisor de águas que deve levar a sociedade civil organizada, bem como a imprensa baiana e o poder público a repensarem sua forma de tratar e veicular informações sobre situações como essa, a despeito de todo e qualquer estigma sensacionalista costumeiro. Pois, é público e notório que o Ministério Público já tomou a égide do caso comprometendo-se em dar continuidade ao inquérito coletivo e individual dos nove policiais envolvidos na “operação” concluindo, assim, o processo administrativo e levando-os a júri popular.
Confiamos em Deus, acreditamos na força do povo e esperamos na justiça dos homens.
Pr. Henrique Coutinho.
Coordenador da Comissão da Criança,
do Adolescente e da Juventude da
ANNEB-BA (Aliança de Negras e Negros
Evangélicos do Brasil); Bel. em Teologia e
Psicanalista em formação.
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